Mães… a minha, a tua, eu própria…

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…

Sebastião da Gama

 

 

2 Respostas to “Mães… a minha, a tua, eu própria…”

  1. Que lindo poema! Sebastião da Gama era de Azeitão, onde eu vivo. Boa escolha !

  2. vitormartinho Says:

    Bom post. Adoro Sebastião da Gama, tanto como poeta, como pedagogo, mas sobretudo como ser humano. É muito inspirador. Este ano tive o privilégio e o prazer de fazer um pequeno documentário sobre ele. É incrível como 50 anos após a sua morte os amigos, TODOS, independentemente da idade, classe social ou ideologias, se emocionam a falar dele. tenho esse trabalho no meu blog, para o caso de estar(es) interessada. [ vitormartinho.wordpress.com ].

    Cumprimentos.

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