Posted in Dedicatórias on Agosto 25, 2009 by soniapessoa
18 anos… de amor, de amizade, de carinho, de vivências a dois, de tristezas a dois, de dores, físicas e não só, de desilusões, de altos e baixos, de vida, de morte, de doce e amargo, de frio, de calor, de sonhos, uns realizados, outros não, de encanto e desencanto, de tudo e de nada, de aprendizagem, de cumplicidade, de partilha… 18 anos… que não trocaria por nada deste mundo!
“Ao longo da vida devemos deixar um rasto de luz por onde passamos” Raul Solnado
Este é um daqueles dias chatos da vida, em que a notícia que recebemos da morte de alguém tão querido nos lembra a parte menos boa da vida, ou seja, quando alguém que gostamos e admiramos parte naquela que é a única viagem de ida sem volta. Quando nasci, já Raul Solnado se entregava à arte de fazer rir, por isso, cresci e fiz-me gente a rir com ele. Esta é uma daquelas incontornáveis figuras que faz parte da minha existência e que detesto ver partir… estou, por isso, triste… hoje é um dia muito triste. Fica o desejo de que o artista encontre a paz, num outro mundo onde só o sorriso prevalece… cai o pano, calam-se as palmas, fica a memória e a saudade…
Obrigada Raul, por tudo o que nos deste, em troca de quase nada…
Posted in Dedicatórias on Junho 13, 2009 by soniapessoa
Este blog tem 455 dias, este post anda para ser escrito há uma data deles… explicar porque o faço agora, não sei dizer… mas acho que não é preciso explicar nada… aliás, não são precisas muitas palavras para explicar porque o nosso amor atravessará uma, a nossa, vida inteira… entre tempestades, marmotos, tsunamis até, ele sobrevive e festeja-se a cada batalha vencida, e se, muitas vezes, desejaríamos que a vida fosse mais côr de rosa, no meio de cada tempestade, o nosso amor é o raio de sol que nos permite saber de antemão que o dia seguinte vai ser melhor, e é essa mesma certeza que nos dá força para continuar a lutar…
Posted in Dedicatórias on Maio 16, 2009 by soniapessoa
Hoje é dia de festa, e de saudade… de festa porque o meu mais que tudo (mais que tudo mesmo!) faz aninhos, não lhe conto as brancas porque é careca, mas é como o velho vinho do Porto, ou seja, está cada vez melhor! De saudade, porque o meu pai faria, também hoje, anos… para ti pai, estejas onde estiveres, um beijo…
… encontrei mais uma! Vamos todos mimar a Maria e o Tiago… basta clicar aqui.
“Uso este blog para expressar alguns sentimentos, para dar conhecimento da doença do Tiago, para fazer ver ao Governo que deveria apoiar mais estas famílias, para que não nos sintamos desamparados, como nós nos sentimos no início. E ainda hoje o estado porta-se como um ‘pai ausente’ em alguns aspectos.” Maria Poeiras
Para mim o 25 de Abril não tem, obviamente, o mesmo significado que tem para os meus pais… eu era pequena, apenas me lembro de o meu pai me ir buscar à escola primária mais cedo e levar-me à pressa para casa… nos meus inocentes cinco anos eu tomava a liberdade por garantida, pelo menos lá em casa era livre, e não conheci a privação desse bem natural.
“Venho desejar um bom 25 de Abril e também pedir desculpas.
Estou acamado e proibído de me levantar e fazer qualquer esforço.
Vir à net consideram um esforço…
Tenho 127 e-mails por responder, tenho o jogo – sua postagem atrasada, de que muito me penitencio, para mais na comemoração do nosso 1º aniversário.
Vou encontrar uma solução. prometo.
Não vim aqui, às escondidas, como crinaça, para me lamentar. Vim pedir desculpas mas principalmente deixar a todas e todos o meu solidário abraço de Abril e a certeza de que um dia cumpriremos o sonho de um país justo para todos.
Fraterno abraço de 25 de Abril
Eremit@”
O Eremita é um velho companheiro destas andanças e responsável pelo jogo que deu origem ao livro “22 Olhares sobre 22 Palavras” que reune textos de 22 blogueiros, que escreveram o que muito bem lhes deu na gana sobre 22 palavras… há 35 anos atrás seria impensável esta troca de ideias, é isto o 25 de Abril!
Obrigada Eremita, põe-te bom porque fazes-nos falta! Deixo-te um mimo…
Pai, faz hoje um mês que nos deixaste… fazes-me falta… gosto de fechar os olhos e fazer de conta que estás na Orca, no meio da vinha, com a sachola numa mão e cigarro na outra, de te imaginar no Porto em amena cavaqueira com os amigos de sempre, aqueles que me viram crescer, de te saber num ou outro jantar com antigos combatentes da guerra de Angola, que nunca esqueceste, mas de que pouco falavas, de te achar sempre longe de mim, quase sempre os dois de candeias às avessas, mas estavas ali, e eu sabia que estavas… porém a vida não me permite estar sempre de olhos fechados, não já, os netos de quem tanto gostavas ainda precisam de mim, e por isso abro os olhos, entretanto molhados, rasos de lágrimas, pelas saudades que tenho de ti…