Muito interessante, elucidativa, e preocupante, esta entrevista de Medina Carreira. Convido-vos a ouvir…
Tenho o prazer, a honra, o privilégio e o orgulho de conhecer o Bruno e e a Maria João… eles são, para mim, uma fonte de inspiração e uma força da natureza… quando o amor vence todas e quaisquer barreiras!…
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16.03.09
Ontem li numa revista que existe um diferendo entre Valentina Torres e a direcção de programas da SIC. Ao que parece, Valentina foi dispensada da rubrica “Tertúlia Cor-de-Rosa”, em que participava diariamente no programa Fátima. A senhora sentiu-se injustiçada, seguiram-se desaguisados, palavras feias e Valentina ameaça pôr a boca no trombone, não percebi muito bem sobre quê…
Mas serve esta descrição para dizer o quê?… Não seguramente para relatar o sucedido, pois, não sendo eu tão directa como António Lobo Antunes, no expressar das suas opiniões, digamos que para mim falar sobre a Tertúlia Cor de Rosa e os seus participantes exigiria de mim o uso de adjectivos que prefiro não explanar aqui… ficava feio. Serve sim para dizer que ficamos a saber que Valentina Torres recebia 200 euros por cada programa, ou seja, 200 euros por dez minutos de conversa da treta (e ressalve-se que adoro ouvir o António Feio e o José Pedro Gomes!), ou seja, 4000 mil euros mensais… amigos, isto choca-me! E mais não digo…
Ontem à noite, estava eu a fazer zapping, tipo como quem não encontra nada de jeito com que se distrair, e parei de repente na SIC… dei por mim imóvel, sem reacção, sem sequer conseguir mudar de canal tal era o estado de extâse em que fiquei… assisti pela primeira vez a uma actuação de José Castelo Branco, o cantor… ainda estou em estado de choque!…
A interpretação não era esta, mas serve para o efeito!
Já eram horas, por isso mandei as crianças pra cama. O mais novo, porque acorda de manhã com as galinhas lá foi, mp3 em riste, e adormeceu rapidamente, a mais velha, porque sempre foi algo noctívaga, apareceu na sala ao fim de 15 minutos reclamando que não conseguia dormir… sentou-se no sofá ao pé de nós e na meia hora seguinte a conversa versou sobre os seguintes assuntos:
– Estava nesse momento a começar o “Momento da Verdade”, na SIC, um daqueles programas que será recordado para a posteridade como um mau serviço prestado a quem consome aquele canal (ao mesmo tempo que tem audiências altíssimas ou não gostassem os portugueses de cuscar sobre a vida do vizinho do lado). O programa era uma repetição do da semana passada pois a polémica gerada foi tanta que acharam que deviam repetir a dose. Rita Ferro Rodrigues apresentou o participante dessa noite, fazendo uma análise das consequências da sua prestação. As conclusões foram as seguintes (e vou citar duas ou três, porque eu não vi da primeira vez e sei que não vou ver desta também… ):
Depois de afirmar perante milhões de espectadores, incluindo família, que na mercearia de que é dono costumava aldrabar o povo na balança a favor de si próprio, depois de afirmar que por 250 mil euros teria relações homosexuais, de admitir que já tinha batido na mulher porque estava chateado e se enervou, depois de confessar que não tem orgulho no próprio filho e o polígrafo ter considerado essas afirmações verdadeiras… depois disto, que aparentemente para o protagonista é coisa pouca, feito um inquérito lá na terra do senhor, em Meda, Gondomar, chegou-se à conclusão de que o senhor é, neste momento, considerado como um herói, senão nacional, pelo menos local.
O Momento serviu para se reflectir sobre quanto vale a privacidade de cada um de nós, quanto vale a humilhação daqueles que nos amam e nos deveriam ser queridos, quanto vale 250 mil euros…
Logo a seguir, veio à baila o programa, também exibido na SIC, “Lucy”… dizia a minha mais velha que nunca tinha visto e gostava de ver para saber o que é… eu proíbo muito pouca coisa à minha mais velha, ela é uma míuda responsável, com um elevado nível de bom senso e nunca tive por isso necessidade de o fazer… pela primeira vez fi-lo, e expliquei-lhe que a bem da sua sanidade mental estava proibida de ver o programa “Lucy”… porque ver aquilo é uma experiência traumática… ver uma jovem quase nua, com umas quase nulas peças de roupa, tipo a fugir para o cabaret, cantar canções românticas a criancinhas de 4, 5, 6 anos de idade… é absolutamente traumático e desnecessário.
Ela acatou a sugestão e rematou: “tá tudo bêbado neste país”.
Foi a deixa para a questão que encerrou a noite… a que deu menos polémica e a mais fácil de resolver…
– Mãe, quando os condutores bêbados sopram no balão como é que aquilo acusa o alcoól no sangue?
– Sei lá, pergunta ao teu pai (resposta recorrente quando a rapariga dá em inteligente, que até é, e faz perguntas complicadas)
– Como é pai?
– Olha se queres que te diga não sei…
Bem… vou para a cama. – remata ela desconcertada com a ignorância de quem lhe devia responder a todos os porquês da sua vida! Mas, não sem antes, me fazer prometer que ía deixar aqui a pergunta para que quem saiba me possa responder… é que não sei porquê, ela quer mesmo saber a resposta!!…