Arquivo de férias

Perto do fim

Posted in Momentos Únicos with tags , on Setembro 17, 2008 by soniapessoa

Já não me lembro onde fiquei no último post, mas algures entre Kensington, Piccadilly ou Victoria Street. Os dias que estivemos em Londres apanharam um fim de semana e soubemos que no sábado, uma transversal da Oxford Street, que é só uma rua absolutamente estonteante de comércio e gente de um lado para o outro, seria fechada ao trânsito e aí haveria durante o dia todo vários espectáculos ao ar livre. Pés a caminho e lá fomos nós… bem, eram aos milhares de pessoas, um espectáculo! Foi mais uma tarde bem passada, cansativa mas recheada de distracções, para graúdos e miúdos. Fica aqui o registo de alguns momentos:

 

 

 

 

 

 

Deixem-me dizer-vos que esta última imagem é de um grupo de cantores absolutamente fantástico, cantaram várias músicas, algumas conhecidas outras não, mas tinham umas vozes espectaculares. Aqui fica o original de uma das músicas que cantaram : Everything Stops for Tea

A meio da rua perdi-me… mas perdi-me mesmo e o meu marido quase teve de me arrancar à força da montra que abaixo partilho convosco…

Quem gostar de morangos, quem gostar de chocolate, certamente compreenderá este meu devaneio… estava mesmo ali ao lado, juntinho a mim, tão perto, à distância de 2 librazitas que até é coisa pouca comparado com o preço do tabaco, e nem as promessas de dieta tiveram qualquer peso nesta minha insanidade!!! Digam amigos e amigas, digam se não valeu a pena esta vossa amiga tomar de assalto uma das mais saborosas montras de Londres (e antecipando os mais engraçadinhos… não eu não provei as montras de Londres!!!)

Muito fica por dizer desta aventura por terras de sua magestade, fica apenas a conclusão de que valeu a pena as dores nos pés e o medo de andar acima das nuvens desafiando a lei da gravidade… UPS! Ainda falta a viagem para lá!!!!… lá fui de barriga cheia, de uma viagem fantástica, para o aeroporto pronta para outra aventura, a do regresso. Quero apenas a poucas linhas do fim deste relato registar que os funcionários do aeroporto reteram a minha mochila, esvaziaram-na por completo… a querida que o fez andou com as minhas cuecas e soutiens na mão, mas com nenhum sorriso nos lábios, advertiu-me que a revista à mochila era para detectar possíveis explosivos… como??? Não fosse o facto de todos (à excepção do mais novo) sabermos algo fluentemente o inglês e eu diria que tinha percebido mal… simpático avisarem que procuram explosivos na minha mochila… no lugar dos explosivos estavam mesmo as minhas cuecas e soutiens (sim, ok… podem-se considerar explosivos!!!!) e o frasco da compota que comprei no Harrods para a minha mãe e que originou a dita busca… os soutiens e as cuecas vieram, o frasco da compota ficou lá… ingleses!!

Mas o insólito serviu para me esquecer que entrei novamente para dentro do avião durante 30 segundos… passado esse momento de relaxe, sem figurinhas tristes, foram cerca de duas horas a rezar a todas as alminhas para que aquela coisa se aguentasse lá em cima até aterrar na minha tão querida cidade invicta… e não é que aterrou??? Obrigada a todos os santos e a vocês também por me terem aturado nestes relatos algo tresloucados desta minha viagem a Londres.

Pro ano há mais…

A saga não terminou

Posted in Momentos Únicos with tags , , , on Setembro 14, 2008 by soniapessoa

O último post, sobre esta aventura, acabei-o a falar no chocolate quente… a custo, com pesar, eu diria mesmo com muito esforço, vou falar sobre o chocolate quente (a explicar que morro de saudades do chocolate quente londrino), o famoso, o grande chocolate quente, que os londrinos bebem a toda a hora, no metro, na rua, nos cafés, em todo o lado.

A Starbuck é uma cadeia de lojas, pequenos cafés, e digo pequenos porque são realmente pequenos, já que numa rua se podem encontrar quatro ou cinco dessas lojas, e estão sempre a abarrotar de gente. Entre vários tipos de bebidas: Expresso, chá, café com leite, capuccino, etc, encontramos também as sandes, que existem aos milhares por metro quadrado, as cookies (que são bolachas gigantes) e alguns bolos, poucos bolos. Foi de facto uma constatação, em Londres não existem pastelarias como aqui em Portugal, tirando uma ou duas casas que vi, os cafés apostam mais nas sandes variadas do que em bolos. Aqui aproveito para fazer referência ao facto que ao fim de cinco dias de lá estar, nunca consegui perceber qual a hora do pequeno almoço, almoço, lanche ou jantar daquela gente… porque são aos milhares, em constante movimento, olhamos para o lado e vemos alguém a comer um pequeno almoço daqueles tipo ovos mexidos, bacon, batas fritas e ainda um copinho com feijões num molho atomatado, olhamos para o outro e há quem coma uma meia de leite com torradas, ou ainda quem esteja a comer hamburguer, uma sandes ou uma peça de fruta apenas, ou seja uma misturada absolutamente deliciosa… cada um come o que quer, sem estereotipos, sem preconceitos, sentado no meio da rua se for preciso. Mas, para finalizar o assunto, que até lembrar engorda, o chocolate quente era divinal e sem comparação às banheiras de melaço com que já fui presenteada sempre que peço um chocolate quente em Portugal… mudemos então de assunto que este até dói!

Hoje é dia de visita ao Harrods… minhas meninas, e também meninos, mas as senhoras primam neste capítulo que é ir às compras… minhas meninas, dizia eu, é de morrer e chorar por mais. O Harrods é assim um Corte Inglês (pobre Corte Inglês) na sua forma mais requintada. Ou seja, imaginem um edifício que ocupa o espaço de um quarteirão, com tudo o que possam imaginar lá dentro do bom e do melhor. E quando digo tudo é tudo. Roupa, calçado, artigos para casa, material informático, tvs, cds, dvds, etc, etc, etc e um supermercado como eu nunca tinha visto. Não pelo tamanho, mas pela decoração, aparência e variedade de produtos. É de salientar a decoração e arquitectura do Harrods… simplesmente espectacular. É proibido tirar fotografias no Harrods, mas assim bem à portuguesa lá consegui uma fotozita para vos mostrar aqui, é apenas um recanto, mas eu acho que se vos disser que as casas de banho eram de longe melhor que o quarto de hotel onde fiquei, acho que dou uma ideia daquilo que lá podemos encontrar… ah, pequeno pormenor… o meu marido e o meu mais novo foram à casa de banho e sairam de lá a tresandar a perfume Allure, de Jean Paul Gaultier, porque está lá à disposição de quem se queira perfumar!! Claro que eu e a minha mais velha, que tinhamos acabado de sair dos lavabos, fomos a correr à procura de um Channel, à nossa disposição estava um creme, também cheiroso, para pôr nas mãos… menos mal, mas preferia o Channel.

 

 

  

 

 

 Para além de tudo o que já referi, claro que lá dentro também há, no meio das vitrines e expositores que compõem aquilo a que nós chamamos supermercado (e tenho alguma dificuldade em chamar-lhe supermercado, porque a decoração é a de um verdadeirto palácio), onde tomar uma refeição, seja pizzas (feitas ali à nossa frente), ou outro tipo de comida, e mais cafés, que ali ninguém quer que nos falte nada…

Ah, o único síto que se podia fotografar… era o templo de Diana e Dodi Al-Fayed, um canto reservado à memória do filho do dono do Harrods e da princesa. Aqui fica o registo…

Diana é a prova de que nem todos os contos de fadas acabam bem, mas é também, e acima de tudo, a prova de que as princesas podem desempenhar na sociedade um papel que vai muito mais além do decorativo que a família real inglesa sempre lhe quis impôr. Pelo seu contributo quando se sentou ao lados de doentes infectados pelo vírus da sida, mostrando ao mundo que os devemos apoiar e não fugir deles como quem foge da peste, quando visitou doentes vítimas das minas terrestres em Angola e chamou a atenção mundial para este problema, Diana ganhou a simpatia de muitos e mereceu as honras que lhe eram feitas tanto em vida como depois de morta.

Este é o conto de fadas que Inglaterra tem para contar:

 

Continuação… da saga

Posted in Momentos Únicos with tags , , , on Setembro 12, 2008 by soniapessoa

Hard Rock Café… paragem obrigatória a pedido da minha mais velha… mas não chegamos a entrar tal era o tamanho da bicha, ou fila, como preferirem (eu sou do Porto, é bicha mesmo), mas mesmo ali ao lado estava a Hard Rock Store, também paragem obrigarória a pedido da minha mais velha já que a famosa camisola do Hard Rock Café… a bicha, vá lá, era mais pequena. Entramos e até eu me perdi de amores pelo bom gosto dos artigos, mas mais que isso, pelo espectáculo de decoração da loja que é ornada, nada mais nada menos, do que por guitarras e outros instrumentos originais de vários artistas.

 

Escolhidas as ditas camisolas, quando fomos pagar, metemos conversa com o rapaz que estava a receber, Mourinho pra frente, Cristiano Ronaldo pra trás, perguntou-nos se gostávamos de conhecer o mini museu que tinham na cave da loja… ” não, não vale a pena, deixe estar”… dah, claro que sim que queremos!!!! Fomos então encaminhados para o andar de baixo e recebidos por outro funcionário, um jovem muito simpático, que nos fez uma visita guiada a uma caixa-forte, leia-se literalmente caixa-forte, onde estão em exposição várias peças de músicos como os Rolling Stones, B. B. King, Bob Dylan, Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Sting, um cartão Visa de, imagine-se, Sir Elton John, e, para grande regalo do meu mais novo que teve nessa altura um ataque de riso, um corpete de Madonna… 

claro que há fotos de tudo, mas na impossibilidade de as colocar todas aqui, ficam algumas…

Isto é só uma folhinha, de uma canção escrita por John Lenon, com anotações feitas à mão pelo próprio (cliquem na foto para ver mais perto)… foi nesta altura que desatei aos gritos, arranquei cabelos e o soutien para lançar às mãos do artista!!!!!… ahahah, queriam fotos dessa parte não era????… queriam, dizem bem, que foi apenas fruto da minha imaginação!… Mas que é espectacular poder ver estas coisas de perto, lá isso é!

De volta ao metro  

seguimos para Hide Park… e aqui, meus amigos, é parque, é verde, a perder de vista. Adorei, adorei, adorei… é um sítio maravilhoso para se passear, brincar com as crianças… o parque está imaculadamente limpo, não se vê um papel no chão, e são, arrisco-me a dizer, quilómetros de parque.

Aconselho também a visitar o Regent’s Park, que é lindíssimo pela variedade e quantidade de rosas que alberga. Estas criaturinhas lindas, que dão pelo nome de esquilos,encontram-se em todos os parques da cidade e quase tropeçamos neles de tantos que são…

Nesta altura, já não se aguentam as dores nos pés, as crianças protestam e têm fome… vamos jantar… depois do jantar, vamos passear nas ruas movimentadas de Gloucester e beber um chocolate quente… bem, eu ainda não falei do chocolate quente!!!!! Fica para amanhã…. kisses!

Apetece-me ouvir:

A saga continua… e promete

Posted in Momentos Únicos with tags , , , on Setembro 11, 2008 by soniapessoa

Refeitos do choque, refeitos do cansaço, lá metemos pés ao caminho e iniciamos o que viriam a ser cinco dias fantásticos. Ao longo destes dias usamos e abusamos do metro e dos autocarros, que abundam pela cidade, mas para visitar Londres é preciso também fazê-lo a pé e posso dizer que andamos quilómetros, a avaliar pelas dores pedonais que todas as noites levávamos para o… continua a não me ocorrer nenhum termo agradável!

Fazia questão de cumprir a promessa que fiz a alguns de vós, e concretizar um fetiche que tinha, que era fazer cócegas aos guardas reais do Buckingham Palace… amigas, não havia nem um para amostra às portas do palácio, por isso vou ter de lá voltar (de notar que ao longo dos dias fui arranjando vários motivos para ter de regressar a Londres um dia destes). A propósito do palácio registo que é um edifício imponente, os jardins que o ladeiam são absolutamente fantásticos, como o são aliás todos os jardins da cidade. Da rainha é que nem sinal, o que acho mal… tendo em conta as centenas de pessoas que ali vão diariamente, deveria haver uma lei que obrigasse a dita senhora, por uma questão de simpatia e reconhecimento, a vir à janela de meia em meia hora cumprimentar os transeuntes…

Vistas as realezas, seguimos em direcção ao Big Ben. Deixem-me, de permeio, dizer-vos que seja onde fôr, por todas as ruas principais de Londres se vêem as ruas cheias, leia-se literalmente cheias, de gente em constante movimento e grande maioria carregada de malas. Outro pormenor que é absolutamente inebriante é o facto da quantidade de nacionalidades que se reune naquelas ruas. De resto, quando ontem fomos tomar café aqui ao centro de Braga, constatamos isso mesmo… aqui olhamos em volta e as pessoas parecem todas iguais, sentimos mesmo falta da diversidade, das diferentes culturas que pudemos ver reunidas naquela cidade e a forma descontraida como convivem uns com os outros. Pormenor que me sinto também na obrigação de salvaguardar é que sempre tive a sensação de que os britânicos eram pessoas sisudas e pouco simpáticas. Grande erro, aquela é uma cidade alegre, as pessoas são afáveis e simpáticas… ok, talvez tirando alguns condutores de autocarros, mas, meus amigos, até eu andava de trombas se tivesse de conduzir um autocarro nas ruas daquela cidade. O trânsito é caoticamente organizado.

Mesmo ali ao lado ainda tivemos oportunidade de visitar o Parlamento Inglês e as crianças fizeram questão de dar uma voltinha no London Eye… aqui a Je ficou em terra, que de grandes emoções tinha chegado as do avião. O relato foi de que gostaram, embora o nevoeiro que fazia não permitisse disfrutar da vista em toda a sua plenitude.

Nesta altura já estávamos a ficar cansaditos… mas continuámos… e eu também continuo amanhã, porque, para além de hoje ter sido dia de visita guiada à escola nova do meu mais novo e estar cansadita, vou fazer um bocadinho de suspanse para contar a nossa visita ao museu da Hard Rock Store, privilégio a poucos concedido dos muitos que visitam a loja do Hard Rock Café… amanhã há mais!!!

Fica mais uma musiquinha que por lá fui ouvindo…

A saga continua…

Posted in Momentos Únicos with tags , on Setembro 10, 2008 by soniapessoa

Pés bem assentes na terra… volto a sorrir. Lá seguimos viagem do aeroporto até Victoria Station. Pelo caminho deu para perceber que apesar de esta ser uma cidade de poucas cores (as tonalidades variam entre o preto, o cinza e o tijolo), já que os edifícios respeitam uma arquitectura quase igual, o movimento humano e a diversidade cultural que se movimenta nas ruas conferem-lhe uma energia absolutamente fantástica. Em Victoria tivemos o primeiro contacto com o mais longo e antigo metro do mundo (data de 1863), depois de alguns minutos a olhar para os mapas espalhados pela estação, assim tipo como boi pra palácio, resolvemos pedir ajuda e lá demos com a coisa.

Agora começa a verdadeira aventura… acho que nunca vos falei na minha grande amiga Lurdes. A Lurdes vive em Lisboa. Conhecemo-nos tinhamos aí uns seis anitos, passavamos juntas os meses de verão na aldeia dos meus avós, perto do Fundão, brincamos e rimos muito, vivemos juntas as primeiras paixões, os primeiros desgostos de amor e sem darmos por isso passaram-se trinta e tal anos e ainda hoje somos amigas… posso dizer que é a amizade mais antiga que tenho.

A Lurdes trabalha numa agencia de viagens e foi através dela que tratei do avião, da estadia, embora o hotel tenha sido escolhido por nós via net. Se ela não contestou, eu achei que a escolha era bem feita! Isto para dizer que quando finalmente chegamos a Gloucester e percorremos a rua à procura do hotel estavamos longe de imaginar o que nos esperava… convem dizer que as finanças não andam em alta, e que por isso, não fazendo questão de grandes luxos, escolhemos um hotel de preço razoável, em que as fotografias na net nos deram a ideia de ser razoável também em termos de comodidade- leia-se nunca confiar em fotografias da net- . Quando chegamos à porta do dito cujo e entramos acho que entrei num estado de extâse em muito superior ao atingido no avião quando este descolou… e, por momentos, eu só quis descolar dali para fora! (Nota: recusei-me a tirar fotos para mais tarde recordar…)

A descrição é rápida, pois o momento ainda agora é doloroso, e só a fantástica cidade que é Londres me faz esquecer a agonia que tive naqueles segundos. A coisa era mais ou menos assim: a cair de velho, o átrio do hotel fazia prever o pior. No lugar de um funcionário com um aspecto minimamente profissional estavam um indiano e uma indiana com aspecto duvidoso no que concerne a profissionalismo, no lugar do computador estava um bloco de folhas, tipo mercearia, escrito à mão, completamente enxovalhado, onde era feito o registo da chegada de hóspedes, a chave do quarto ninguém sabia dela, pelo que esperamos cerca de meia hora por ela… durante essa meia hora nem a minha imaginação fértil conseguiu antever como seriam os quartos daquele… não me ocorre nenhum termo agradável!

O quarto era na cave, as escadas tortas, tipo declive… abrimos a porta e… eu quis morrer naquele instante!O quarto tinha cinco camas (duas das quais eram um beliche), um lavatório entre elas e fiquei num segundo a pensar se não teríamos direito ao resto das louças da casa de banho. Lá descobrimos uma portinha, leia-se portinha, onde encontrei a coisa mais surrealista que vi até hoje… uma sanita em cima de um poliban, leia-se uma sanita em cima de um poliban. eu explico, eu sentada ficava com os pés dentro da banheira!!! Quis fugir, quis morrer, o meu marido quis estragular o recepcionista do… não me ocorre nenhum termo agradável!

Passado o primeiro choque, lá chegamos à conclusão que não valia a pena estrebuchar, até porque não sei estrebuchar em inglês e em português aquelas almas não iam entender nada. Porque o ser humano tem uma capacidade de adaptação incrível a situações adversas, e aqui o Luis Castro, do Cheiro a Pólvora, há-de dar-me razão (quando teve de se desenrascar nas condições que é andar no meio do mato, aquele quarto era mais ou menos a mesma coisa!!!), rapidamente chegamos à conclusão que também íamos estar pouco tempo ali, era mesmo só para dormir, bla, bla, bla… e os nervos lá voltaram ao lugar. Que fique registado que me certifiquei de que os lençõis estava imaculadamente brancos… até os nervos têm limites!!

Amanhã continua a saga e a partir daí é que vale mesmo a pena! Ah, hoje quando falei com a minha amiga Lurdes, ao telefone, à medida que lhe contava estas mesmas aventuras, ela ria às gargalhadas… e eu também porque fiquei a saber que ela, porque o preço é mesmo convidativo, tem uns dias lá marcados em Dezembro próximo!!!!!Adoro-te amiga!

Mais uma musiquinha que por lá ouvi…

Figurinhas tristes

Posted in Momentos Únicos with tags , , , on Setembro 10, 2008 by soniapessoa

Já tirei os pés de molho e já estou cheia de saudades de Londres… nem sei por onde começar… bem, talvez pelas figurinhas (tristes, diz a minha mais velha) que fiz à ida para lá!!

Convém explicar que todas as viagens que fiz na vida foram por meios terrestres (tirando quando fui a Angola com meia dúzia de meses de idade, o que não conta) e sempre tive muito medo dessas coisas que andam acima das nuvens e teimam em desafiar a lei da gravidade… ora lá fomos nós de malas e bagagens, que é o mesmo que dizer, de mochila às costas para o aeroporto do Porto. A hora aproximava-se e comecei a sentir, não borboletas, mas um formigueiro no estômago, a que eu chamo pânico, mas esforcei-me por manter a boa aparência, calma e feliz, que uma mãe responsável deve assumir nestas ocasiões…

Subimos para o avião, centímetro quadrado de espaço, e comecei a ponderar a hipótese de largar tudo e ir de férias para a Figueira que também não é mau de todo… enchi o peito, de leoa que sou, e disse de mim para mim: vamos lá a ganhar coragem que isto não dói nada! Por via das dúvidas o meu marido sentou-me ao lado da minha mais velha, que já andou de avião, e ele ficou com o mais novo que acusava também algum nervosismo. Aquela merda começa a andar… e amigos… tive um ataque de nervos que, em vez de me dar para chorar, deu-me para rir. Bem, não estais a ver a cena, eu ri, mas ri às gargalhadas (ainda que abafadas), as lágrimas caiam-me pela cara abaixo de tanto rir, a minha mais velha ria-se de me ver rir e foi um momento daqueles, tipo Kodac, que só não fotografei porque momentos destes não devem ser registados a bem da nossa sanidade mental! Pronto e sobre estas figurinhas tristes mais não falo, que fique apenas registado que na volta para além dos dez pais nossos e cinquenta avés marias que rezei, portei-me muito melhor!!

Foi assim que fiquei a perceber porque o Papa beijava o chão quando saia dos aviões… apeteceu-me fazer o mesmo…

Mas avancemos… não sem antes deixar aqui uma musiquinha, que por lá recordei, para barulhinho de fundo do muito que há para contar. No próximo post já estou em solo inglês e relaterei a experiência de verdadeiro extâse que vivi quando chegamos ao hotel…

VOLTEI… entretanto…

Posted in Momentos Únicos with tags , , on Setembro 10, 2008 by soniapessoa

… entretanto estou com os pés de molho, de tantos quilómetros que fiz pelas ruas de Londres!! Porque cheguei agora e estou derreada, prometo voltar amanhã e contar as novidades destes dias em terras de sua magestade.

Ocorre-me apenas dizer… agora percebo porque o Papa João Paulo II beijava o chão sempre que descia de um avião e punha os pés em terra… amanhã explico.

Beijinhos

Vou, mas volto… entretanto…

Posted in Uncategorized with tags , , , , , on Setembro 4, 2008 by soniapessoa

Hoje vou de férias, são apenas cinco dias, mas fora daqui, o que é muito bom. Tinha já programado vir escrever um post a contar o quanto estou aterrorizada por ter de ir de avião para Londres, a nado não me pareceu uma alternativa muito boa, para dizer que vos levo no pensamento, para perguntar o que querem que vos traga de recordação, se algum de vós faz questão que transmita algum recado a Sua Alteza Real, a Rainha de Inglaterra, saber também se algum de vós partilha do mesmo fetiche que eu e que se resume a fazer cócegas nos guarda reais da dita rainha… mas tudo caiu por terra quando fui tomar café depois de jantar, peguei no jornal Público, e li uma reportagem sobre um dos jovens que foi julgado pelo brutal assassinio da transexual brasileira, Gisberta, de 45 anos, e que a 22 de Fevereiro 2006 foi atirada ainda com vida a um poço de 15 metros situado num prédio inacabado da Avenida Fernão de Magalhães, no Porto. Tinha sida em fase terminal e tuberculose, mas morreu afogada.

Deixem-me lembrar-vos que trabalhei durante 12 anos no coração da redacção do Jornal Público, no Porto, vivi de perto muitos dramas que fizeram ao longo desses anos as páginas dos jornais… vivi o drama do massacre de Dili, a queda da ponte de Entre-os-Rios, acontecimentos que me marcaram e que nunca vou esquecer. Ao ler a reportagem de hoje no Público, senti-me chocada, horrorizada até… recordei a notícia da altura, mas o relato dos factos feito na pessoa deste jovem, hoje com 18 anos, horrorizou-me. Dos 14 jovens envolvidos, 13 eram menores entregues a instituições que tinham por dever acolhê-los e dar-lhes um sentido à vida.

O jovem de que falo tinha sido retirado à mãe, bem como os seus três irmãos, porque ela não reunia condições capazes de ter consigo os filhos. Na reportagem não li nada sobre maus tratos, apenas falta de um lar digno (que afinal ela tanto deveria desejar), os miudos faltavam constantemente à escola… problemas sociais que o Estado deveria ajudar a resolver sem que fosse necessário retirar filhos a uma mãe. Os jovens foram então entregues a instituições, ou seja, entregues ao abandono… foi um desses filhos, um desses jovens, que, entregue a uma instituição, na companhia de outros em situação igual, agrediu, ao longo de vários dias até à morte, um ser humano. Esses jovens fizeram-no completamente desligados de qualquer tipo de sentimento, de qualquer tipo de remorso, de qualquer tipo de atitude que revelasse terem sentimentos capazes de os impedir de um acto tão cruel.

A descrição feita chocou-me, tanto como me choca saber que tantas crianças, tantos jovens são entregues ao abandono todos os dias por um Estado obrigado a protegê-los, pelo mesmo Estado que impede a adopção de crianças por casais homosexuais tão, ou mais, capazes de educar e acarinhar uma criança, dar-lhe um rumo que não seja o das ruas da miséria, numa cidade que se chamou Porto mas poderia ter um outro nome qualquer!…

Vou, mas volto… (até quarta-feira)

As Férias dos Portugueses

Posted in Uncategorized with tags , , on Julho 11, 2008 by soniapessoa

Recebi, hoje, um mail de um grande amigo, que trabalha imenso, sua pelas topinhas, e enquanto limpa o suor, de tanto trabalhar, vai enviando umas coisas, às vezes sérias, outras vezes muito engraçadas… a legenda dizia assim:

“Com tantos apertos e por culpa do petróleo… 70% dos portugueses terão umas férias serenaaaaaaassssss…”