Para aqueles que têm seguido o desenrolar das histórias, que, aqui, partilho convosco, quero deixar uma palavra especial sobre o conto que hoje terminei de escrever: “Ser Diferente… é bom: Um dia na Praia”.
Quando me lancei nesta odisseia, que me dá o maior dos prazeres, e escrevi o primeiro conto (ponto 3), foram várias as pessoas (duas ou três a quem dei a ler, assim que foi terminado) que questionaram o porquê de eu não falar, directamente, sobre o assunto da monoparentalidade. O tema do conto era esse, assumido por mim desde o início. Era, aliás a única razão de ser daquela história. Mas, expliquei-lhes, na altura, que o objectivo era precisamente fazer dele um assunto não tabu. Era falar dele, sem o escrever na verdade… era fazer da diferença a normalidade de cada um de nós. E, penso que resultou na perfeição. Mas à medida que as histórias foram crescendo, e as personagens também, dentro do meu próprio imaginário, dei por mim atenta ao que a Maria, o Pedro, e todos os meninos que as compoêm, me íam, também a mim, ensinando. Crescer no meio de fábulas, contos de príncipes e princesas, não descarta a necessidade de enfrentar a realidade que nos rodeia. “Um Dia na Praia” nasceu para isso… para falar mais alto, para crescer mais um pouco e nos enriquecer.
Como a Dra. Gabriela Moita disse, no prefácio do primeiro conto, também eu o repito agora: obrigada Maria, pelo que, também a mim, me ensinaste.
Sónia Pessoa
