Arquivo de Setembro 25, 2008

Em Reportagem

Posted in Uncategorized with tags , , , , on Setembro 25, 2008 by soniapessoa

No mesmo dia em que José Sócrates afirmou não haver lugar na agenda política do governo à discussão sobre a legalização dos casamentos homossexuais, a RTP exibiu uma reportagem sobre a homoparentalidade, ou seja, crianças que vivem no seio de uma familia homoparental. Famílias novas que resultam de uma ligação entre duas mulheres, ou entre dois homens, onde já existiam filhos de um casamento anterior. Noutros casos, porque a adopção de crianças não é legal no nosso país, existem ainda casos de mulheres que recorrem à inseminação artificial, como forma de concretizarem o sonho de ambas em serem mães. O programa Em Reportagem mostra-nos uma realidade que urge atenção por parte dos nossos governantes na regularização de direitos que nos assistem enquanto seres humanos, seres responsáveis e plenos de direitos e deveres numa sociedade que não é mais a mesma de há cinquenta anos atrás… uma sociedade em que a diversidade é sinónimo de riqueza, onde os direitos humanos não devem ser relegados para terceiro plano nas agendas políticas deste país.

Não há muito tempo alguém me perguntou porque defendia eu a legalização da adopção de crianças por casais homossexuais, porque defendia eu, através de um livro, os direitos reclamados pelos mesmos. A pergunta não me surpreendeu, muito embora não seja essa a abordagem do livro que escrevi… respondi que aquilo que eu defendo em primeira instância são os interesses das crianças, os milhares de crianças que esperam, nas instituições, por uma família que não chega, quando existem casais dispostos a dar-lhes o carinho e amor que elas tanto anseiam e precisam.

Enquanto não me provarem que a adopção de crianças por casais homossexuais é prejudicial à criança em termos da sua formação social e pessoal, eu vou continuar a lutar por esta causa que não é mais do que reconhecer que mais do que sermos iguais, somos diferentes e só temos a ganhar com isso, mais importante do que os preconceitos é a possibilidade de proporcionar a uma criança um lar e o direito a ser feliz.

A reportagem pode ser vista aqui:

(chamo à vossa atenção para o depoimento da Dra. Gabriela Moita, autora do prefácio do meu livro “Ser Diferente é bom”, que será lançado muito em breve pela Editora Papiro)

http://ww1.rtp.pt/multimedia/?tvprog=20716&idpod=17599&formato=flv

Filho de peixe sabe nadar?…

Posted in Dedicatórias with tags , on Setembro 25, 2008 by soniapessoa

“Era uma vez dois meninos de 10 anos. Um menino chamava-se Rodrigo e o outro Diogo, e os dois tinham uma coisa em comum: jogar basquetebol. Rodrigo e Diogo foram treinar basquetebol para o campo. Depois de dois meses, o Diogo partiu a perna e foi para o hospital. O Rodrigo desesperado foi vê-lo. Depois de três semanas o Diogo saiu do hospital, mas tinha de andar de cadeira de rodas. O Rodrigo foi a casa dele e perguntou ao pai do Diogo:

– Senhor, o Diogo está?

O pai do Diogo responde:

– Sim está. Está no quarto a jogar computador.

Rodrigo entra no quarto e pergunta:

-Diogo queres vir para a rua?

Diogo respondeu:

– Sim, tá bem.

Rodrigo e Diogo foram para a rua. Foram ao campo e viram miúdos a jogar basquetebol.

O Diogo perguntou:

– Ei, rapazes, quando é que voltam cá?

Um dos rapazes respondei:

– Voltamos para a semana!

Diogo disse:

– Ok, até para a semana!

Rodrigo e Diogo voltaram para as suas casas. Passado uma semana, Diogo já não usava cadeira de rodas. Rodrigo foi chamá-lo e eles foram para o campo, e já lá estavam os rapazes a jogar. Rodrigo e Diogo desafiaram-nos. Passado meia hora Rodrigo e Diogo estavam a ganhar 20-13, faltava mais meia hora. Quando faltavam cinco minutos o jogo estava 30-20, Rodrigo e Diogo estavam a ganhar. Acaba o jogo e o Rodrigo e o Diogo gritaram:

– Ganhamos, ganhamos. Somos campeões.”

FIM

História escrita pelo Rodrigo Pessoa (10 anos)

… chega aí a toalha da mesa, estou a babar-me!!!!!!

Palavras

Posted in Palavras with tags , , on Setembro 25, 2008 by soniapessoa

“Jamais existirá uma pessoa que possua algo além dos seus próprios pensamentos.
Nem as pessoas, nem os lugares, nem as coisas, podem ser possuídos por muito tempo.
Percorremos um troço do caminho com eles, mas, mais cedo ou mais tarde, todos teremos de tomar posse dos nossos verdadeiros bens – as nossas experiências de vida e pensamentos – e seguir caminho por solitárias veredas”

Richard Bach

surrupiado do cantinho da Cristina, e lá lemo-lo ao som desta música que fica também aqui: