Enquanto passeava pela blogosfera à procura de coisas que me possam ainda surpreender, ao passar pelos cantinho do amigo Carlos Romero, dei de caras com um texto tão simples quanto belo (acho que já vos disse o quanto gosto de coisas simples…) e não resisti a trazer tão sábias palavras, e pensamentos, aqui para o meu quintal. Espero que apreciem o texto e, porque tem tudo a ver, sugiro-vos que leiam o conto infantil, da minha autoria, “Ser Diferente: Força de Vontade”.
Mal me levantei, manhã cedo, para a caminhada diária, e fui logo dando graças às minhas pernas, às quais devo a prática desse salutar exercício. Aliás, já disse o renomado psicoterapeuta Og Mandino, que contar as nossas bênçãos deve se constituir num dever nosso de cada dia. (…) e vamos à avenida, que já está cheia de pés pra lá e pra cá.
Pés de todas as dimensões. E, na caminhada, a gente nem se lembra deles. Nesse exercício as mãos têm pouco trabalho. Sua maior participação está em ajudar na nossa conversa, por meio dos gestos, e reforçar o ritmo das passadas.
E ia eu refletindo sobre tudo isso, quando vejo o que eu não esperava, naquele momento e naquele espaço. Um jovem caminhando, não sobre os pés, mas sobre rodas. E notei que ele estava com um semblante muito alegre, sentindo-se feliz em participar daquela procissão matinal, os olhos se extasiando com a beleza da manhã, enquanto as mãos iam movimentando sua cadeira de rodas no asfalto da avenida.
Não estava sozinho. Ao seu lado um familiar mantinha com ele animada conversa. E o curioso é que seu contentamento contrastava com a tristeza de muitos, muitos de pés sadios, mas, certamente de mente enferma. Muitos que ainda não aprenderam a contar suas bênçãos. As bênçãos que a vida lhes dá gratuitamente.
Mas o pior – pensei – são os que ficam em suas camas, com preguiça de movimentar suas pernas ainda sadias. O jovem da cadeira de rodas tinha membros atrofiados, mas uma vontade férrea de viver. E, decerto, viu o que muitos não viram nesta manhã: o mar, as árvores, os pássaros, o céu, o sol, toda a natureza em festa. Ele dava, com o seu sorriso, uma excelente e o comovente lição de vida.”
Texto de Carlos Romero
“(…)- É preciso acreditar – adiantou o capitão – treinar sem acreditar não nos traz vitórias. Se treinarmos a 100%, temos de acreditar a 300%. E se acreditarmos que somos capazes, não há dificuldades, não há barreiras, não há nada nem ninguém que nos impeça de vencer, de conseguir, percebem? (…)”
Excerto do conto infantil “Ser diferente é Bom: Força de Vontade”